Fito
o pavio
recostado na parede
da chama bêbada
da vela que oscila
na brisa da noite
com cheiro de terra úmida
Flecha incandescente
- escrava de um filamento -
é clarão que chora a brotar
da cera transparente
purgando lágrimas de mágoa silente
Num quarto vazio
paredes brancas mudas
revestidas de sombras bambas
não respondem às questões
que ardem em minha mente
Meus olhos são
testemunhas impotentes
a seguir a luz
da vela trêmula
que vacila
e morre
quando
roubo
o ar
que lhe aviva
e fico no escuro
à procura
de respostas
sssssssssssssssss
sssssssssssssssss
sssssssssssssssss
sssssssssssssssss
sssssssssssssssss
sssssssssssssssss
sssssssssssssssss
sssssssssssssssss
sssssssssssssssss
sssssssssssssssss
sssssssssssssssss
sssssssssssssssss
Publicado em Antologia de Poesias Prêmio Prof. Sebastião Ferraz de Campos. Associação de Escritores de Bragança Paulista - ASES (coord.) Piracicaba - SP: Editora Degaspari, 2002 - p.10-11
Publicado em Antologia de Poesias Prêmio Prof. Sebastião Ferraz de Campos. Associação de Escritores de Bragança Paulista - ASES (coord.) Piracicaba - SP: Editora Degaspari, 2002 - p.10-11
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