fui primavera
me vesti de flores
me transmudei em ninfa
e tinha cheiro de candura
Quando você ficou
era um ninho tórrido
o sorriso brilhava como sol
e meu corpo de ondas
te afogava como o mar
Quando você cansou
murchei como as folhas
girando em redemoinho
outono cansado
triste como um lamento
Quando você se foi
sem flor de fruto ausente
árvore sem copa nem sombra
sem vida sem seiva
só neve congelando nas veias
Mas amanhã o gelo derreterá
se aquecerá meu coração
em meus galhos verdejantes
pássaros voltarão a cantar
pois a primavera prenhe de botões
anuncia nova florada
Poema apresentado no Sarau "PRIMAVERA"
Oi, Angela
ResponderExcluirGostei de ver! Serenidade e alegria na foto do Diário! Poesia lindíssima!!! Uma verdadeira artista!
Um grande abraço
Marcia Miyashiro