quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

O RUGIDO DO LEÃO

Assistindo hoje ao jornal da TV, uma notícia chamou minha atenção pelo absurdo da colocação. O leão que morava no zoológico de Kabul morreu. A causa: além de vinte anos nas costas, o velho rei da selva, no cativeiro, passou muita fome uma vez que, desde a implantação do regime Talibã no lugar, a verba para sua alimentação foi cortada. Ora, o que tinha o pobre bicho a ver com o fundamentalismo islâmico? Será que a fé dele andava fraquejando?  Agora, com a derrubada do Talibã, a verba foi liberada, mas o esquálido rei não conseguiu mais manter-se em pé e sucumbiu à idiotice humana. Para arrematar, o jornalista responsável pela nota acrescentou que serão enviados dois jovens leões de três anos de idade para substituir o falecido e que veterinários garantiram que ambos certamente não terão problemas de adaptação ao novo lar. Fiquei me perguntando quais opções tinham as duas feras. Revoltar-se contra o sistema?
Aí me vieram na cabeça outras arbitrariedades que o homem impõe aos animais, mais especificamente aos leões.
Como será que aqueles ascendentes dos leões atuais se sentiam quando entravam nas arenas para devorar cristãos? Estranho que mais uma vez a Religião entre no assunto. Será que esses bichos têm convicções religiosas?
Ou, quem perguntou ao leão se ele gostaria de ser o representante da Receita Federal, que arrebata altas porcentagens do nosso suado dinheirinho, fazendo esse garboso felino ser odiado por tabela e pela tabela?

À temível fera só resta alisar a juba e dar um miado de indignação!

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