13.05.2016 - 50 Anos de Música - Mendes Convention Center - Santos (SP) |
Depois de uma tremenda dificuldade para adquirir os ingressos por telefone, ontem fomos ao show do Toquinho e Ivan Lins, no Mendes Convention Center, em Santos.
Chegando lá, vimos uma imensa fila de jovens. Comentário do Valdir: "Eles ainda continuam arrebatando gerações!"
Contestei: "Mas não devem ter mais de dezesseis anos! Será que curtem MPB?"
Estacionamos e o Valdir foi validar o ticket do estacionamento, sugerindo que eu já ficasse na fila.
Passei pelos jovens meio ressabiada, querendo que houvesse prioridade para maiores de sessenta anos!
Que piada! Aquela era a fila da balada, que abriria em pouco tempo!
Fui para a fila certa! Ali, quem não tinha cabelos brancos, era porque os tingia! rsrs
O show, marcado para início às 23h, começou com atraso. O 'mestre de cerimônias' culpou a chuva, mas a vergonhosa vaia mostrou que muitos dos presentes desconfiavam do atraso na chegada de alguma autoridade!
Finalmente, Toquinho, esbanjando sua costumeira simpatia, entrou, arrancando aplausos da plateia. Entremeou histórias de camarim a canções dedilhadas com seu conhecido talento.
Chamou depois ao palco seu companheiro de turnê, Ivan Lins.
Informaram que o grupo vocal MPB4, que, às vezes, os acompanha, não viria. Isso já me deixou um pouco frustrada!
Aí, o Ivan Lins postou-se à frente de seu teclado. E o instrumento estava mudo! Aborrecido, tentou acertar mas, como ele mesmo disse "sou analógico", precisou de um 'ser digital' para resolver o problema. O engraçado era ver o Toquinho, com seu violão em punho, ao lado dele, procurando ajudar. Pareciam o mecânico e o garoto ajudante, de uma oficina capenga do subúrbio, no esforço de consertar uma Ferrari!
Amuado, Ivan reclamou de ter ficado duas horas acertando a máquina que, quando ele saiu, foi desligada e 'resetou' sua afinação. Pediu para o companheiro de palco ir cantando alguma coisa pra cobrir o 'buraco' que ficou. Depois, começou a cantar, procurando um tom que o acompanhasse, porém parecia não tê-lo encontrado.
Onde se escondeu aquela alegria que emanava de suas interpretações? O artista tentou, todavia não conseguiu esconder a contrariedade. Ou a vibração se perdeu com o tempo?
A exemplo do violonista, contou alguns 'causos' vivenciados ao longo da carreira, mas sem o carisma do outro.
A certa altura do espetáculo, o Valdir perguntou; "Mas, eles já cantaram essa canção, né?"
Alzheimer? rsrs Calhou perfeitamente bem o comentário do Toquinho: "Também, com a tecnologia atual, com tantos fios ligados aos nossos instrumentos, parece que estamos numa UTI!".rsrs Literalmente!
Enfim, um show de velhos para velhos!
Mas, valeu! Não sei se teremos oportunidade de ir a outro show deles: ou porque nós, ou porque eles, ou porque todos estarão velhos demais para isso! Talvez tenha sido uma despedida!
Chegando lá, vimos uma imensa fila de jovens. Comentário do Valdir: "Eles ainda continuam arrebatando gerações!"
Contestei: "Mas não devem ter mais de dezesseis anos! Será que curtem MPB?"
Estacionamos e o Valdir foi validar o ticket do estacionamento, sugerindo que eu já ficasse na fila.
Passei pelos jovens meio ressabiada, querendo que houvesse prioridade para maiores de sessenta anos!
Que piada! Aquela era a fila da balada, que abriria em pouco tempo!
Fui para a fila certa! Ali, quem não tinha cabelos brancos, era porque os tingia! rsrs
O show, marcado para início às 23h, começou com atraso. O 'mestre de cerimônias' culpou a chuva, mas a vergonhosa vaia mostrou que muitos dos presentes desconfiavam do atraso na chegada de alguma autoridade!
Finalmente, Toquinho, esbanjando sua costumeira simpatia, entrou, arrancando aplausos da plateia. Entremeou histórias de camarim a canções dedilhadas com seu conhecido talento.
Chamou depois ao palco seu companheiro de turnê, Ivan Lins.
Informaram que o grupo vocal MPB4, que, às vezes, os acompanha, não viria. Isso já me deixou um pouco frustrada!
Aí, o Ivan Lins postou-se à frente de seu teclado. E o instrumento estava mudo! Aborrecido, tentou acertar mas, como ele mesmo disse "sou analógico", precisou de um 'ser digital' para resolver o problema. O engraçado era ver o Toquinho, com seu violão em punho, ao lado dele, procurando ajudar. Pareciam o mecânico e o garoto ajudante, de uma oficina capenga do subúrbio, no esforço de consertar uma Ferrari!
Amuado, Ivan reclamou de ter ficado duas horas acertando a máquina que, quando ele saiu, foi desligada e 'resetou' sua afinação. Pediu para o companheiro de palco ir cantando alguma coisa pra cobrir o 'buraco' que ficou. Depois, começou a cantar, procurando um tom que o acompanhasse, porém parecia não tê-lo encontrado.
Onde se escondeu aquela alegria que emanava de suas interpretações? O artista tentou, todavia não conseguiu esconder a contrariedade. Ou a vibração se perdeu com o tempo?
A exemplo do violonista, contou alguns 'causos' vivenciados ao longo da carreira, mas sem o carisma do outro.
A certa altura do espetáculo, o Valdir perguntou; "Mas, eles já cantaram essa canção, né?"
Alzheimer? rsrs Calhou perfeitamente bem o comentário do Toquinho: "Também, com a tecnologia atual, com tantos fios ligados aos nossos instrumentos, parece que estamos numa UTI!".rsrs Literalmente!
Enfim, um show de velhos para velhos!
Mas, valeu! Não sei se teremos oportunidade de ir a outro show deles: ou porque nós, ou porque eles, ou porque todos estarão velhos demais para isso! Talvez tenha sido uma despedida!